Parlamentares dos países que integram o Brics, bloco de países formados originalmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, se reúne em Brasília entre 3 e 5 de Junho. Ao contrário do Mercosul, o Brics não é um bloco comercial, mas tem objetivos de desenvolvimento econômico e político de países do chamado Sul Global. Hoje com 11 países membros, representa 29% da economia mundial e 20% do comércio do mundo. O encontro do grupo deve marcar um avanço significativo na consolidação da cooperação interparlamentar entre os países membros, reafirmando o compromisso dos Poderes Legislativos com o fortalecimento do diálogo político, o intercâmbio de boas práticas e a construção de uma agenda comum voltada para o desenvolvimento sustentável, a justiça social e a governança multilateral. Apesar de a abertura oficial do fórum parlamentar estar prevista para a manhã de quarta-feira, a programação terá início na terça com dois encontros prévios: o Encontro dos Presidentes das Comissões de Relações Exteriores dos Parlamentos do Brics e a Reunião de Mulheres Parlamentares do Brics. Esse evento propõe reflexões sobre o papel da mulher diante das transformações tecnológicas e ambientais. A senadora Professora Dorinha Seabra, do União do Tocatins, afirma que essa é uma oportunidade para criar espaço em favor das mulheres na política.

Criar um debate de caminhos possíveis para um pacto dentro do BRICS. Respeitando as autonomias, obviamente, mas ao mesmo tempo entendendo que existe uma marcha mundial pela maior participação da mulher na política.

A solenidade de abertura do 11º Fórum Parlamentar do Brics, no Plenário do Senado ,será na manhã de quarta-feira. A programação do fórum prevê debates estratégicos, com sessões sobre saúde global, desenvolvimento econômico, sustentabilidade, inteligência artificial e reforma da arquitetura multilateral de paz e segurança. O consultor legislativo do Senado Guilherme Del Negro, ressaltou que o Brics é um grupo que tem defendido o multilateralismo na promoção da paz.

Trazer tudo por um debate, um fórum multilateral, reforçando o multilateralismo, traz soluções que elas são mais adequadas, mais representativas, especialmente quando a gente pensa que essas instituições, boa parte de alguns dos espaços tradicionais de poder, eles podem não trazer respostas perfeitas, mas então o BRICS quer que ninguém possa adotar medidas de maneira isolada.

Na quinta-feira, a sessão final será dedicada à cooperação interparlamentar, com a adoção de um documento conjunto que deverá consolidar as principais diretrizes políticas discutidas ao longo dos três dias de evento. O documento será encaminhado à Cúpula do Brics, que ocorrerá no Rio de Janeiro, nos dias 6 e 7 de julho, com os chefes de estado dos países membros do grupo, além de países parceiros.

Foto: Carlos Moura/Agência Senado

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